quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

VAMPIRO

Sou noite, escuridão

Sem sentimento, sem alma,

Trago o vazio, a solidão,

O medo, tormenta e desgraça.

Sou poderosa, mas nada sou

Senão sombra flagelada,

Que por entre mares de vidas

Em silêncio, torturada, vaga.

Tenho força poderosa

E coragem desmedida,

Mas não é suficiente,

Para suportar minha triste sina

Minha cruel maldição

Priva-me a luz do dia

Faz-me esgueirar pelas sombras

Sem ver rostos, sem ter companias.

Jogado em meio a um mundo

Onde o desespero é meu guia

Sugando desejos, sonhos, alegrias

Contidas no líquido rubro da vida.

Àqueles que ainda não sabem,

Que escutem o aviso,

De um ser que implora,

Que grita para ser ouvido,

Não vague por entre as sombras,

Não siga por elas sozinho,

Não desejes o poder

Contido num trágico destino

Pois entre as trevas só poderá encontrar

Ilusões e desvarios.

Não humano, nem amigo,

Sou sombra, espectro de ser vivo,

Sou um dos senhores da noite,

Que traz confusão, delírio

Sou implacável, voraz, melancólico...

Um insaciável, sedento .... VAMPIRA

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