"Não me alimento de quases. Não me contento com a metade. Não serei sua meio amiga e nem te darei meu quase amor. É tudo ou nada. Não existe meio-termo." Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Diabólico Festim
Me perdi só, tonta e cega, em teus braços
De nossa valsa restou nem compasso
Tuas cartas e fotos eu amasso
Queimo ervas para esquecer teu abraço
E tudo se funde e confunde em mim.
Tento encobrir com kajal meu fracasso
Bebo chá pra esconder meu cansaço
Mas quando sonho, acordo é em teu regaço
E me aquece teu olhar de mormaço
Naufrago em teus cabelos de sargaço
E afundo e me inundo num mar sem fim.
Meu sofrimento e a dor eu amordaço
Junto armas e teu rastro em vão eu caço
Cavo olheiras, nos olhos, o inchaço
Lágrimas secas gelaram-se em aço
Toda fagulha de amor eu rechaço
Tranco a casa e da arma há o estopim.
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