quarta-feira, 4 de maio de 2011

A Górgona





A morte me ronda
Me espreita funesta
A morte me sonda
Me quer na sua festa.

A morte circunda
Com fauces vorazes
A morte me inunda
Com dedos audazes.

A morte acompanha
Minha triste sina
A morte abocanha-
Me desde menina.

A morte assombra
Aos moços e aos velhos
A morte é uma sombra
Em meu epitélio.

A morte levou-me
Pai, filho, avós
A morte secou-me
Em quentes anzóis.

A morte é certa
Derradeiro algoz
A morte liberta
Deus, vela por nós.

Nenhum comentário:

Seguidores