"Não me alimento de quases. Não me contento com a metade. Não serei sua meio amiga e nem te darei meu quase amor. É tudo ou nada. Não existe meio-termo." Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
A Górgona
A morte me ronda
Me espreita funesta
A morte me sonda
Me quer na sua festa.
A morte circunda
Com fauces vorazes
A morte me inunda
Com dedos audazes.
A morte acompanha
Minha triste sina
A morte abocanha-
Me desde menina.
A morte assombra
Aos moços e aos velhos
A morte é uma sombra
Em meu epitélio.
A morte levou-me
Pai, filho, avós
A morte secou-me
Em quentes anzóis.
A morte é certa
Derradeiro algoz
A morte liberta
Deus, vela por nós.
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